LUGARES SEM NOME

Os territórios, as cidades ou outros lugares habitáveis foram e são contruídos por nós (nós como habitantes ou intervenientes de um determinado espaço). Ironicamente, ou não, a nossa vivência está determinada e condicionada pelo próprio lugar. Não só a nossa vivência mas a nossa identidade acaba por se adaptar e moldar no lugar que quotidianamente vamos vivendo e interagindo. Acabamos por agir e 'ser' consoante o que o lugar nos oferece.
Consequentemente as nossas necessidades (consumistas ou não) também acompanham as necessidades e os recursos do lugar que é vivido, quase podemos dizer que as nossas necessidades são as que o lugar nos 'obriga' a ter. Algo que é necessário/consumido de uma forma quase exagerada num determinado lugar, noutro poderá ser completamente desnecessário e/ou em muitos casos inacessível.
Este trabalho, ou reflexão crítica, terá como principal mote a exploração da relação entre as pessoas e o espaço vivido/habitado, isto é, a vivência das pessoas num determinado lugar.
Este forcar-se-á em espaços esquecidos e/ou abandonados dentro das grandes cidades.
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Quando uma coisa não tem nome é porque não a conhecemos.
Nuno Portas, citado em Cidades sem Nome, de Fernanda Câncio