INTERNACIONAL SITUACIONISTA
Daniela P., Filipa B., Lisa M., Raquel S.

Os Situacionistas pretendiam um espaço além do mero espaço de habitação; uma área de intensa atmosfera urbana. As partes da cidade de Paris representadas nos mapas situacionistas de Guy Debord e Asger Jorn (“Guia Psicogeográfico de Paris” e “The Naked City”) são exemplo de tais unidades. Estas eram constituídas por diversos elementos mutáveis como o jogo entre presença e ausência, de luz e som, de actividade humana, do próprio tempo, e da associação de ideias. (...)

O exemplo máximo da arquitectura situacionista é a “Nova Babilónia” de Constant, que se contrapõe aos modelos da cidade clássica e aos modelos modernistas, propondo o espaço urbano como espaço de encontro entre os cidadãos, espaço que favorece as actividades lúdicas e aberto à sociedade em mutação. (...)

O território ao deixar de ser vivido, deixa de ter sentido.


Deriva
O meio preferido dos Letristas era a deriva pela cidade como forma de conhecimento, experiência e simultaneamente divertimento, e os indivíduos, durante a deriva, encontravam-se por vezes de tal forma embrenhados, que se conhecem casos de derivas com durações de 3 e 4 meses. Da mesma forma que o tempo não era limitado, o espaço ficava ao critério dos intervenientes e das suas predisposições momentâneas, num misto de acaso, vontade e acção. (...)
A concepção situacionista da cidade como um lugar de movimento nómada e de desorientação reflecte-se de uma forma mais complexa nos tais mapas psicogeográficos feitos por Debord e Asger Jorn em 1957, que reconstroem o espaço metropolitano como um sistema de zonas unidas por setas ou vectores de desejo. Ou seja, eles não se concentravam em organizar a cidade mas sim em expressar exactamente a vida desta. Apesar da primeira camada se mostrar aparentemente desorganizada, ao avaliar melhor o mapa, ao seguir a deriva e ao se conhecer a cidade, é possível entender o sentido do mapa criado.